Aconteceu ontem (13/05) na UERJ a solenidade de lançamento do livro "Luta, Substantivo Feminino: mulheres torturadas, desaparecidas e mortas na resistência à ditadura”. O livro reúne os perfis de 45 mulheres assassinadas pela repressão militar (1964 – 1985). O lançamento faz parte do projeto Direito à Memória e à Verdade, previsto PNDH-3 (Plano Nacional de Direitos Humanos) tocado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
O evento contou com a participação do ministro Paulo Vannuchi (Secretaria de Direitos Humanos), dos professores Adair Rocha (representante do MinC), Lená Medeiros (sub-reitora de graduação da UERJ), Oswaldo Munteal (Programa de Pós-graduação em História da UERJ), Maria Teresa Toríbio Lemos (coordenadora do Programa de Pós-graduação O momento alto do evento foi a manifestação promovida pelos estudantes de Direito, que empulhavam uma bandeira com dizeres hostis ao professor Maurício Motta, ex-diretor da Faculdade de Direito da UERJ e a ministra Nilcéia Freire, que não compareceu ao evento. Maurício Motta foi vaiado e chamado de “processador de alunos” por conta de uma ação que o ex-diretor e também procurador do Estado teria movido contra os estudantes que invadiram a reitoria da UERJ no final de 2008 quando protestavam contra uma greve de professores.
De acordo com ministro Paulo Vanuchi, o lançamento deste livro faz parte de uma série de lançamentos de livros e documentos em homenagem àqueles que tombaram lutando contra a repressão.
O evento foi realizado pelo Programa de Pós-Graduação em História em parceria com a Faculdade de Direito, o Nucleas, o Nibrahc (Núcleo de Identidade Brasileira e História Contemporânea) e as secretarias de Direitos Humanos e de Políticas para Mulheres. Na ocasião, foram distribuídos exemplares aos participantes.
Para baixar o livro basta acessar a home page da SEDH: www.direitoshumanos.gov.br.
Comentário
Eu particularmente achei bastante válido a manifestação dos estudantes. Primeiro por que mostra que ainda existe uma esperança com relação ao Movimento Estudantil que anda cambaleante há algum tempo. Segundo por que o professor Maurício Motta é conhecido por suas posições conservadoras e antidemocráticas. A presença deste professor no evento contrariava a própria essência da solenidade, pois, o que se procurava ressaltar ali é que, estes indivíduos reacionários perderam a sua vez e que tudo será feito para que não voltem mais.
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