(Francisco Goya, Os Fuzilamentos do 3 de Maio de 1808, c.1814, óleo sobre tela, Museu do Prado, Madrid)
A notícia do
fuzilamento de Ronnie Lee Gardner, um homem de 49, que, em 1985, matou o advogado
Michael Burdell em uma fracassada tentativa de fulga, rodou o mundo. O
condenado levou uma rajada de balas no coração em uma câmara de execuções na Prisão
Estatal de Utah na manhã desta sexta-feira (18/06). Os encarregados de executar
a pena, voluntários das forças de ordem pública, colocaram um alvo sobre o
coração de Gardner e um capuz sobre sua cabeça antes de disparar.
A decisão de
levar mais uma pessoa a pena capital demonstra quão falsa é a democracia
americana. Se é que se pode falar em democracia em um país em que nem sequer o
sistema de saúde é extensivo a todos os cidadãos.
O mais
interessante nisso tudo é que os EUA se apresentam como símbolo da luta pelos
Direitos Humanos, o que, como é de conhecimento geral, não passa de uma
grande farsa. Não é segredo nenhum que este país tem intervido em diversos países
(o caso mais recente é o Iraque) sob a alegação de que está procurando garantir
a manutenção da democracia no mundo. Estas ações têm provocado ao longo da história
o sub-julgamento de diversos povos que, frente à necessidade da sobrevivência,
acabam resistindo a esses ataques. Caso emblemático é o do povo vietnamita (Guerra
do Vietnã – 1959-1975) que resistiu valentemente às investidas das tropas
estadunidenses acabando por "vencer" o conflito.
Voltando à pena
de morte, deve-se notar que uma das principais alegações dos EUA para intervir em
alguns países é o fato de que estes atuam contra o direito a vida. Contudo,
este caso ocorrido hoje mostra, mais do que nunca, como são hipócritas estas
alegações.
O assunto é
extenso e complexo, contudo, vale deixar minha impressão para este que considero
um grande atraso na humanidade. É claro que estou me referindo à famigerada
pena capital.
Nenhum comentário:
Postar um comentário