sexta-feira, 18 de junho de 2010

EUA: a “democracia” que manda fuzilar homens em pleno século 21


(Francisco Goya, Os Fuzilamentos do 3 de Maio de 1808, c.1814, óleo sobre tela, Museu do Prado, Madrid)

A notícia do fuzilamento de Ronnie Lee Gardner, um homem de 49, que, em 1985, matou o advogado Michael Burdell em uma fracassada tentativa de fulga, rodou o mundo. O condenado levou uma rajada de balas no coração em uma câmara de execuções na Prisão Estatal de Utah na manhã desta sexta-feira (18/06). Os encarregados de executar a pena, voluntários das forças de ordem pública, colocaram um alvo sobre o coração de Gardner e um capuz sobre sua cabeça antes de disparar.
A decisão de levar mais uma pessoa a pena capital demonstra quão falsa é a democracia americana. Se é que se pode falar em democracia em um país em que nem sequer o sistema de saúde é extensivo a todos os cidadãos.

O mais interessante nisso tudo é que os EUA se apresentam como símbolo da luta pelos Direitos Humanos,   o que, como é de conhecimento geral, não passa de uma grande farsa. Não é segredo nenhum que este país tem intervido em diversos países (o caso mais recente é o Iraque) sob a alegação de que está procurando garantir a manutenção da democracia no mundo. Estas ações têm provocado ao longo da história o sub-julgamento de diversos povos que, frente à necessidade da sobrevivência, acabam resistindo a esses ataques. Caso emblemático é o do povo vietnamita (Guerra do Vietnã – 1959-1975) que resistiu valentemente às investidas das tropas estadunidenses acabando por "vencer" o conflito.
Voltando à pena de morte, deve-se notar que uma das principais alegações dos EUA para intervir em alguns países é o fato de que estes atuam contra o direito a vida. Contudo, este caso ocorrido hoje mostra, mais do que nunca, como são hipócritas estas alegações.
O assunto é extenso e complexo, contudo, vale deixar minha impressão para este que considero um grande atraso na humanidade. É claro que estou me referindo à famigerada pena capital.    

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