Partido da Imprensa Golpista

Embora a discussão do que se convencionou chamar de Partido da Imprensa Golpista seja bastante incipiente (a expressão teria surgido entre internautas brasileiros em 2007 e popularizada pelo jornalista Paulo Henrique Amorim em seu blog Conversa Afiada), esta tem ganhado destaque no debate acerca do modus operandi da mídia brasileira.

Admito que não houve de minha parte tempo para tecer maiores reflexões sobre esta expressão, contudo, acho que ela é bastante pertinente com o que presenciamos em nosso cotidiano, em termos de consumo de notícias.

Esta semana mesmo recebi de um amigo um vídeo bastante esclarecedor sobre a questão que ora apresento. Sendo assim, gostaria de compartilhar com o amigo leitor. Bom proveito!

Aqui jaz (mais) um inocente

Há algumas semanas publiquei uma postagem intitulada “EUA: a ‘democracia’ que manda fuzilar homens em pleno século 21”. O artigo se referia ao fuzilamento de Ronnie Lee Gardner, um homem de 49, que, em 1985, matou o advogado Michael Burdell em uma fracassada tentativa de fuga.

Na ocasião aproveitei a abominável notícia para criticar a pena capital, cujo ícone máximo é os EUA, país que se diz o símbolo da democracia no mundo.

Pois bem, a prática nefasta fez mais um inocente, corroborando o que se anuncia há tempos: a pena de morte não serve nem de longe para conter o problema da criminalidade no mundo!

O caso ao qual estou me referindo, ganhou o noticiário do mundo nesta sexta-feira (17/09). Trata-se do americano Larry Ruffin que tinha sido condenado, juntamente com outros dois acusados, à prisão perpétua pelo estupro e morte de Eva Gail Patterson em 1979, em Forrest County, Mississippi. Um exame de DNA inocentou os acusados do estupro que ocorreu há 30 anos nos Estados Unidos.

Muito embora não tenha havido uma execução, é como se tivesse. Isso porque, Larry Ruffin morreu na prisão em 2002 de ataque cardíaco.

Mais uma vez as UPPs

Publiquei recentemente uma postagem falando sobre um debate que ocorreu na UERJ sobre a questão das famigeradas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em que um dos debatedores era o ex-capitão do Bope Rodrigo Pimentel. Não fiz na ocasião (da postagem), mas faço agora, informar que o outro palestrante nesse dia era o deputado federal Carlos Minc e que, quem estava organizando o evento era o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da própria UERJ.

Reparei que, embora se intitulasse a discussão (por sinal muito válida) de debate, só havia defensores de um dos lados da questão. Ou seja, o lado das UPPs. Entendendo que um debate se faz com a defesa de pelo menos duas posições, senti que, o fato dos organizadores convidarem pessoas que iriam defender apenas um ponto de vista, foi no mínimo contraproducente. 

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ, juntamente com o Centro Acadêmico Luiz Carpenter da Faculdade de Direito, CALC, e em parceria com o Núcleo de Identidade Brasileira e História

Contemporânea, NIBRAHC, promove nos dias 14 e 15 de setembro de 2010 um debate com os candidatos do Rio de janeiro ao Senado Federal.

O objetivo deste encontro é para que a população universitária, assim como os correligionários e convidados, possam ter a oportunidade de conhecer e, ao mesmo tempo, fazer contatos, perguntas ou

questionamentos políticos sociais, aos futuros representantes do Estado do Rio de Janeiro, no Congresso Nacional.

O evento acontecerá no auditório 51, da UERJ - Rua São Francisco Xavier, 524, Maracanã, Rio de Janeiro - às 17:30, dos dias 14 e 15 de setembro.

Abaixo, a composição das mesas:

Dia 14 de setembro, 17:30 horas.
Wladimir Mutt – PCB
Milton Temer – PSOL
Waguinho – PT do B
Claitom – PSTU
Lindberg Faria* – PT

Dia 15 de setembro, 17:30 horas.
Marcelo Cerqueira – PPS
Jorge Picciani – PMDB
César Maia* – DEM
Marcelo Crivela** – PRB
Carlos Dias – PT do B
Heitor Fernandes - PSTU

*representado pelo suplente, Prof. Emir Sader
** a confirmar

A questão das UPPs

Morro Dona Marta (Zona Sul do Rio), primeira comunidade a ser ocupada pela polícia

Eu estive semana passada assistindo a uma palestra do ex-capitão do BOPE (Batalhão de Operações Especiais/RJ) Rodrigo Pimentel falando sobre a atuação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) instaladas em comunidades do grande Rio desde o ano passado.

É animador ver tanto otimismo em uma pessoa para com a questão da redução dos índices de criminalidade no Rio nos últimos meses (muito embora devamos sempre desconfiar dos números), sobretudo se esta pessoa for alguém tão envolvido com aspectos mais sociológica da questão da segurança (pelo menos é essa imagem que ex-capitão e roteirista do filme Tropa de Elite procura passar). Vale lembra que Rodrigo Pimentel é também autor do livro Elite da Tropa juntamente com o ex-Secretário Nacional de Segurança Pública (janeiro a outubro de 2003) e ex-Secretário de Segurança do Rio (1999-2000), na gesta de Antony Garotinho, Luis Eduardo Soares que foi exonerado do cargo por denunciar a chamada “banda podre” da polícia civil do estado. 

Elba Ramalho no CT/UFRJ

O Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro já vem promovendo há algum tempo uma atividade cultural batizada de quintas musicais. Consiste em shows realizados em uma quinta-feira de cada de mês sempre ao meio dia. Eu particularmente tive a oportunidade de assistir grandes apresentações, dentre as quais eu destaco a do Frejat. Na próxima quinta-feira (09/09) é a vez de Elba Ramalho se apresentar. A cantora paraibana, que completa trinta anos de carreira, deve cantar antigos e novos sucessos para embalar a comunidade acadêmica. Pra quem tiver afim, ai vão as informações completas:

Auditório do Cento de Tecnologia/UFRJ

Av. Athos da Silveira Ramos, 149 - Prédio do CT - Bloco A, Cidade Universitária, Ilha do Fundão.

Site: www.ct.ufrj.br

Plinio de Arruda Sampaio entrevistado no Jornal Nacional

Plínio de Arrauda Sampaio, com o brilhantismo que lhe é peculiar, mais uma vez toca na ferida da burguesia nacional. Veja abaixo a entrevista concedida ao Jornal Nacional em que o candidato do PSOL obriga a emissora carioca dar explicações sobre seus impalpáveis critérios de tempo cedido a cada candidato em suas entrevistas.  

OS 10 MITOS SOBRE AS COTAS

1- as cotas ferem o princípio da igualdade, tal como definido no artigo 5º da Constituição, pelo qual “todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza”. São, portanto, inconstitucionais.

Na visão, entre outros juristas, dos ministros do STF, Marco Aurélio de Mello, Antonio Bandeira de Mello e Joaquim Barbosa Gomes, o princípio constitucional da igualdade, contido no art. 5º, refere-se a igualdade formal de todos os cidadãos perante a lei. A igualdade de fato é tão somente um alvo a ser atingido, devendo ser promovida, garantindo a igualdade de oportunidades como manda o art. 3º da mesma Constituição Federal. As políticas públicas de afirmação de direitos são, portanto, constitucionais e absolutamente necessárias.

2- as cotas subvertem o princípio do mérito acadêmico, único requisito que deve ser contemplado para o acesso à universidade.

Vivemos numa das sociedades mais injustas do planeta, onde o “mérito acadêmico” é apresentado como o resultado de avaliações objetivas e não contaminadas pela profunda desigualdade social existente. O vestibular está longe de ser uma prova equânime que classifica os alunos segundo sua inteligência. As oportunidades sociais ampliam e multiplicam as oportunidades educacionais.