Há algumas
semanas publiquei uma postagem intitulada “EUA: a ‘democracia’ que manda
fuzilar homens em pleno século 21” .
O artigo se referia ao fuzilamento de Ronnie Lee Gardner, um homem de 49, que,
em 1985, matou o advogado Michael Burdell em uma fracassada tentativa de fuga.
Na ocasião
aproveitei a abominável notícia para criticar a pena capital, cujo ícone máximo
é os EUA, país que se diz o símbolo da democracia no mundo.
Pois bem, a prática
nefasta fez mais um inocente, corroborando o que se anuncia há tempos: a pena
de morte não serve nem de longe para conter o problema da criminalidade no
mundo!
O caso ao qual
estou me referindo, ganhou o noticiário do mundo nesta sexta-feira (17/09). Trata-se
do americano Larry Ruffin que tinha sido condenado, juntamente com outros dois
acusados, à prisão perpétua pelo estupro e morte de Eva Gail Patterson em 1979,
em Forrest County ,
Mississippi. Um exame de DNA inocentou os acusados do estupro que ocorreu há 30
anos nos Estados Unidos.
Muito embora não
tenha havido uma execução, é como se tivesse. Isso porque, Larry Ruffin morreu
na prisão em 2002 de ataque cardíaco.
Antes de morrer,
Ruffin afirmava ser inocente e disse ter confessado o crime sob coerção física
e psicológica. Na ocasião, os outros dois suspeitos se declararam culpados,
para evitar a pena de morte.
De acordo com o
G1, em julho deste ano, uma organização que luta pelo direito de prisioneiros
detidos erroneamente - Innoncence Project New Orleans - obteve uma mostra do
DNA do sêmen do assassino, retirado do corpo da vítima.
Descobriu-se que
este era incompatível com o DNA dos condenados. E uma comparação com um banco
de dados do FBI resultou na identificação do verdadeiro culpado, um outro
suspeito detido pelo estupro e assassinato de outra mulher, na mesma região,
dois anos depois da morte de Eva Gail Patterson.
Bivens e Ray
Dixon foram soltos. Bivens foi inocentado por um juiz, na quinta-feira e solto
em seguida.
Ray Dixon foi
solto três semanas atrás, depois de ter desenvolvido um câncer de pulmão que se
espalhou para o cérebro.
Os três foram
condenados com base apenas em seus depoimentos. De acordo com o Innocence
Project, os depoimentos tinham falhas e eram contraditórios em vários pontos.
Segundo o site, a
única testemunha do crime, o filho da vítima, na época com 4 anos, Luke, disse
consistentemente à polícia que a mãe dele havia sido morta por um "único
homem".
A Justiça ainda
não inocentou Ruffin formalmente, o que deve ocorrer nas próximas semanas.
Este caso não é
o primeiro, mas espero sinceramente que seja o último, muito embora eu não
acredite nisso.
E você, amigo
leito, o que acha?
Nenhum comentário:
Postar um comentário