domingo, 10 de outubro de 2010

O bibliotecário e as novas tecnologias: implicações teórico-práticas desta relação


Recebi na última semana um convite da organização da III Semana de Integração Acadêmica dos Estudantes de Biblioteconomia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) para ministrar um minicurso. O tema ficou a meu critério. Como o evento irá abordar a tecnologia da informação, resolvi falar da relação que se estabelece entre o profissional bibliotecário e as chamadas novas tecnologias. O convite me fez muito feliz. Primeiro porque tenho a chance de rever alguns amigos que deixei por lá. Segundo porque este evento foi idealizado por um grupo que eu tive o prazer de compor quando presidia o Diretório Acadêmico daquele curso. Não se trata de um curso nos moldes tradicionais, onde um detentor do conhecimento repassar informações a sujeitos passivos. Ao contrário, a ideia é bater um papo aberto com os discentes de modo a trocarmos impressões sobre o fazer biblioteconômico.

Abaixo posto o texto de apresentação do minicurso. Sintam-se bem vindos ao nosso encontro.

Tendo em vista a configuração destes novos tempos, onde a informação ganha relevância na configuração do mundo, cabe indagar: qual a condição do bibliotecário neste cenário, considerando, sobretudo, que este é um importante ator no cenário da sociedade (da informação) moderna? Cabe ainda perguntar: quais as implicações teórico-práticas que se estabelece na relação entre o profissional ora citado e as chamadas novas tecnologias? Acerca desta questão observam-se posições extremadas que vão do deslumbramento exacerbado ao pessimismo infundado. Sendo assim, cabe ao bibliotecário, não só como profissional, mas como sujeito social, compor a fileira de discussão destes temas, sobretudo porque este tem se “destacado” neste cenário onde a informação ganha cada vez mais contornos de mercadoria.
A proposta deste minicurso (contrariando o convencional) não é treinar/formar para uma aplicação prática de algum mecanismo técnico no cotidiano de bibliotecas, museus, centros de documentação ou coisa que o valha. Mas sim contribuir para a reflexão do nosso próprio fazer profissional, ressaltando a nossa condição de sujeitos históricos.  
Tópicos a serem abordados:
1)      O bibliotecário e as novas tecnologias;
2)      Práxis biblioteconômica e a pós-modernidade;
3)      As novas tecnologias e a militância políticas do profissional bibliotecário na era da sociedade da informação.
Vale ressaltar que a abordagem dos temas propostos será desenvolvida a partir da perspectiva marxista.       

Nenhum comentário:

Postar um comentário